Semana 4 ECS 5 Webber I
Os três Tipos Puros de Dominação Legítima.
Ao tentarmos analisar a nossa realidade hoje, provavelmente não encontraremos exemplos que se enquadrem totalmente nesses tipos de dominação. Mas, como poderemos perceber através dos exemplos a seguir, é possível aproximar mais ou menos algumas situações do nosso dia-a–dia com o modelo proposto por Webber. Era justamente esse o objetivo do método proposto por Webber: perceber em que medida os fenômenos sociais se aproximavam mais ou menos do tipo ideal.
1. Dominação Racional ou Legal – que possui o seu fundamento nas leis e/ou estatutos criados. Os direitos, bem como os deveres dos dominantes ou dominados , estão expressos nas leis. O dever de obediência não está em uma pessoa, mas numa norma estabelecida.
Exemplo
O presidente da República, ao emitir uma Medida Provisória, está se valendo do seu poder de Dominação Racional, porque ele foi eleito pelo voto direto e, nesse sentido, tem o poder para isso. Mesmo que não concordemos com a sua atitude, somos obrigados a aceitá-la, pois ele justifica o seu poder através das leis.
Cabe lembrar, nesse exemplo, que não se discute se a leis é favorável à maioria da população ou não. O que interessa, é perceber que a lei é utilizada para dominar aqueles que não têm o mesmo poder.
2. Dominação Tradicional – É fundamentada, firmada pela tradição. Dá–se em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoreais que existem há muito tempo. O conteúdo das ordens está fixado na tradição. Aquele que ordena é o “senhor” e aquele que obedece é o “súdito”, “o servidor”.
Exemplo
Muitas famílias vivem em estado de miséria, trabalhando nas fazendas de grandes proprietários de terra em todo o Brasil. É muito difícil mudar essa situação, uma vez que o “coronel”, no Nordeste e o “Caudilho”, no Sul do Brasil, desde os inícios da colonização, sempre mantiveram a hegemonia sobre os seus “súditos”. Esses, por sua vez, apesar de serem explorados, possuem um vínculo de fidelidade muito grande, muitos deles jamais conseguindo trair a confiança do patrão.
A dominação patriarcal é considerada o tipo mais puro dessa Dominação Tradicional. Muitos de nós fomos criados sob o domínio de um “chefe de família”. Muitas mulheres sofrem diariamente violências físicas e sexuais por parte de seus próprios maridos. Ao observarmos o Congresso Nacional, o Senado Federal, as Igrejas, entre outros, percebemos que quem comanda, quem tem o poder maior é o homem. Uma continuação da tradição do patriarca, do “senhor”.
3. Dominação Carismática – Está fundamentada em uma devoção afetiva à pessoa e a seus dotes sobrenaturais – carismas -, bem como a faculdades mágicas, revelações ou heroísmos, poder intelectual ou capacidade de comunicação.
Exemplo
Talvez um dos exemplos mais vivos em nossa memória, que marcou todo o povo brasileiro, de Dominação Carismática, seja Fernando Collor de Mello. Collor conseguiu, através de seus “carismas” de falar bem, postura enérgica e proposta de “caça aos marajás”, angariar a simpatia e até a devoção de muitas pessoas. Sua postura era profundamente carismática, tanto que quando se apossou de quase todo o dinheiro da Poupança dos brasileiros, não houve uma grande ação coletiva, em represália a sua ação.
Para compreender-mos como se dá a relação de poder e dominação na sociedade capitalista, é que Webber desenvolve os tipos puros de dominação legítima.
Ao tentarmos analisar a nossa realidade hoje, provavelmente não encontraremos exemplos que se enquadrem totalmente nesses tipos de dominação. Mas, como poderemos perceber através dos exemplos a seguir, é possível aproximar mais ou menos algumas situações do nosso dia-a–dia com o modelo proposto por Webber. Era justamente esse o objetivo do método proposto por Webber: perceber em que medida os fenômenos sociais se aproximavam mais ou menos do tipo ideal.
1. Dominação Racional ou Legal – que possui o seu fundamento nas leis e/ou estatutos criados. Os direitos, bem como os deveres dos dominantes ou dominados , estão expressos nas leis. O dever de obediência não está em uma pessoa, mas numa norma estabelecida.
Exemplo
O presidente da República, ao emitir uma Medida Provisória, está se valendo do seu poder de Dominação Racional, porque ele foi eleito pelo voto direto e, nesse sentido, tem o poder para isso. Mesmo que não concordemos com a sua atitude, somos obrigados a aceitá-la, pois ele justifica o seu poder através das leis.
Cabe lembrar, nesse exemplo, que não se discute se a leis é favorável à maioria da população ou não. O que interessa, é perceber que a lei é utilizada para dominar aqueles que não têm o mesmo poder.
2. Dominação Tradicional – É fundamentada, firmada pela tradição. Dá–se em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoreais que existem há muito tempo. O conteúdo das ordens está fixado na tradição. Aquele que ordena é o “senhor” e aquele que obedece é o “súdito”, “o servidor”.
Exemplo
Muitas famílias vivem em estado de miséria, trabalhando nas fazendas de grandes proprietários de terra em todo o Brasil. É muito difícil mudar essa situação, uma vez que o “coronel”, no Nordeste e o “Caudilho”, no Sul do Brasil, desde os inícios da colonização, sempre mantiveram a hegemonia sobre os seus “súditos”. Esses, por sua vez, apesar de serem explorados, possuem um vínculo de fidelidade muito grande, muitos deles jamais conseguindo trair a confiança do patrão.
A dominação patriarcal é considerada o tipo mais puro dessa Dominação Tradicional. Muitos de nós fomos criados sob o domínio de um “chefe de família”. Muitas mulheres sofrem diariamente violências físicas e sexuais por parte de seus próprios maridos. Ao observarmos o Congresso Nacional, o Senado Federal, as Igrejas, entre outros, percebemos que quem comanda, quem tem o poder maior é o homem. Uma continuação da tradição do patriarca, do “senhor”.
3. Dominação Carismática – Está fundamentada em uma devoção afetiva à pessoa e a seus dotes sobrenaturais – carismas -, bem como a faculdades mágicas, revelações ou heroísmos, poder intelectual ou capacidade de comunicação.
Exemplo
Talvez um dos exemplos mais vivos em nossa memória, que marcou todo o povo brasileiro, de Dominação Carismática, seja Fernando Collor de Mello. Collor conseguiu, através de seus “carismas” de falar bem, postura enérgica e proposta de “caça aos marajás”, angariar a simpatia e até a devoção de muitas pessoas. Sua postura era profundamente carismática, tanto que quando se apossou de quase todo o dinheiro da Poupança dos brasileiros, não houve uma grande ação coletiva, em represália a sua ação.
Para compreender-mos como se dá a relação de poder e dominação na sociedade capitalista, é que Webber desenvolve os tipos puros de dominação legítima.
3 Comments:
At 11:53 PM, giselemariadasilvamartins said…
Olá Jaque, sou gisamm( gisele Martins do Pólo de Alvorada). Em relação aos seus comentários sobre Weber, concordo com algumas de suas opiniões,mas se procurarmos analisarmos outros pontos, nos deparamos com esses tipos de dominações com muita frequência .O domínio que exercido pelos (EUA),em relação aos países pobres,o domínio tradicional no Japão,um abraço, o teu blog esta muito bonito, parabéns.
At 6:08 PM, Edilaine said…
Somos todos dominados. Em nossa escola vivênciamos isto pois pertencemos a uma estrutura de regras a qual devemos cumprir. Também usamos da dominação com nossos alunos.
At 4:51 PM, Mara said…
Jaqueline: Boas as tuas colocações. Tu e a Elizete trabalharam juntas este texto? Profª Mara N Silva
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